Falecimento de Frei Augusto.

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É com muito pesar que dou esta notícia. Embora não sendo amigo íntimo, tive o privilégio de conhecer Frei Augusto. Era um homem muito ponderado nas palavras e foi muito amigo de nossa comunidade.
Gostava da OFS e várias vezes celebrou a Eucaristia para nós, inclusive na barraca da Ordem no "Inverno Quente" (os mais antigos se lembrarão disso).
Merece nosso reconhecimento e nossas orações. Oswaldo.
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FREI AUGUSTO KOENIG, OFM


* 06.09.1941 † 06.07.2010

Dados pessoais e formação

• Nascido aos 06.09.1941 (68 anos), em Fragosos (Campo Alegre – SC);

• 09.05.1953 – Ingresso no Seminário São Luiz de Tolosa, em Rio Negro, seguindo para Agudos, em 1955.

• 19.12.1960 – Admissão ao Noviciado Franciscano, em Rodeio, SC. (49 anos de Vida Franciscana).

• 20.12.1961 – Primeira Profissão dos votos temporários.

• 02.08.1965 – Profissão Solene dos votos perpétuos na Ordem.

• 1962 -1963 – Estudos de Filosofia, em Curitba.

• 1964 – 1968 – Estudos de Teologia, em Petrópolis.

• 21.12.1966 – Ordenação Diaconal..

• 09.07.1967 – Ordenação Presbiteral (43 anos de ministério sacerdotal)

Atividades na Evangelização e Pastoral

• 1968-1982 - Fraternidade Santo Antônio - Blumenau, SC

1968-1973 - Vigário Paroquial

1974-1982 - Guardião e Pároco

1977-1979 - Definidor Provincial

1980-1982 - Definidor Provincial (2° mandato)

• 1983-1991 - Fraternidade do Sagrado Coração de Jesus - Petrópolis, RJ

1983-1985 - Guardião

1985-1986 - Mestre dos Frades Estudantes:

1986-1988 - Definidor Provincial e guardião

1989-1991 - Guardião.

• 1992-2000 - Fraternidade São Francisco - São Paulo, SP

1992-1994 - guardião e Pároco

1995-2000 - Vigário Provincial e Secretário da Evangelização

17.09.2000 - Definidor Provincial.

• 2001-2002 - Fraternidade N. Sra. do Rosário - Concórdia, SC

2001-maio 2002 - Definidor Provincial, Guardião e Vigário paroquial

• Junho 2002-2003 - Fraternidade São Francisco - São Paulo, SP

20.05.2002 - eleito Ministro Provincial (até setembro de 2003), em substituição a Frei Caetano Ferrari, nomeado bispo.

21.06.2003 - eleito Ministro Provincial para mandato até 2009.

• 2004-2009 - Fraternidade Imaculada Conceição - São Paulo, SP

Nova Sede Provincial - Ministro Provincial.

• 2010 – Fraternidade Bom Jesus dos Perdões – Curitiba, PR 17.12.2009 – Atendente conventual

Na madrugada de hoje (2h40), 6 de julho, faleceu em Curitiba, Frei Augusto Koenig. Internado desde 15 de junho na UTI do Hospital São Vicente, devido a pneumonia nos dois pulmões e suspeita de AVC, Frei Augusto foi aos poucos acometido de falência de outros órgãos, inclusive de paradas cardíacas. O diabetes que o maltratava há anos contribuiu muito no agravamento do seu quadro clínico.

A missa de corpo presente será às 16h00 na capela do Convento São Boaventura, em Rondinha, seguida do sepultamento.

O frade menor

Por mais de 25 anos Frei Augusto se dedicou ao trabalho como membro do Governo Provincial. Foram vários períodos como Definidor, depois foi Vigário Provincial, e, por fim, Ministro Provincial. Sua paixão, porém, sempre foi o campo da evangelização. O atual Plano de Evangelização, nas suas origens, tem, em grande parte, a mão de Frei Augusto. Em entrevista ao site Franciscanos (clique aqui para ler), durante o Capítulo Provincial 2009, falando de seu governo, assim se expressou: “Entre as contribuições, talvez não dê para dizer qual é a maior, porque a somatória dos serviços é que forma realmente o direcionamento para com as fraternidades, mas, se podemos citar algum, seria o Plano de Evangelização, que é um trabalho que vem ajudando a Província em seus departamentos, em suas oportunidades efetivas de um projeto. Este plano é sempre atualizado em cada capítulo.”

Quanto ao seu jeito de ser, Frei Augusto se define como introspectivo.

1) “Aprecio os momentos a sós, em ambientes de belas paisagens, ou com pouca companhia. Gosto de pensar à noite, sob o luar e as estrelas. Gosto da natureza toda, dos animais e dos pássaros. Por isso, mesmo minhas leituras preferidas vão por estes campos”.

Um dos hobbies de Frei Augusto era justamente escrever poemas. Abaixo transcrevemos um deles.

2) “No trato com as pessoas, procuro ser atencioso, mesmo quando difícil. Evito levantar a voz. Prefiro calar a responder. Remôo ofensas por dentro. Tenho mais facilidade no trato com jovens, adultos e idosos. Julgo ser uma pessoa afetiva, sensível e fiel às amizades”.

Quanto ao modo de trabalhar, ele mesmo afirma: “Gosto de preparar bem as coisas que tenho a fazer. A autoconfiança, no entanto, me inspira a deixar as coisas meio para a última hora, e parece que “sempre” dá certo. Isso causa aborrecimento às outras pessoas. Na organização preocupo-me com as grandes linhas, com os pontos-chaves, com os objetivos a alcançar. E nem sempre com certos detalhes... Gosto de trabalhar em equipe. Acho horroroso e enervante uma reunião onde todo mundo fala ao mesmo tempo, e não se chega a conclusões.

Eucaristia

Na casa do Pai Eterno
Luzeiro não havia,
Ele próprio era a luz.
Nela morava o Filho amado,
Junto dele coexistia,
Que na plenitude dos tempos,
Foi chamado Jesus;
Desse amor tão intenso
O Espírito Santo procedia.
Deus Trindade é feliz.
Todo a si mesmo se basta,
Dividir o amor Ele quis
Criou anjos e homens
Mulheres e crianças
Uma história nefasta.
Salvar se tornara preciso,
Profetas, santos, doutores,
Todos passaram pelo crivo
Da morte, sofrendo horrores.
O pecado não podia fenecer
O plano de Deus infinito,
Mandou seu Filho nascer
De Mulher, conforme o Escrito.
“Respeitarão este meu Filho,”
Que curava abençoava e perdoava.
O Reino pregou, foi visto com brilho,
Rejeitado, na Cruz encerrava.
Mas o amor tem muitas saídas.
Ficar entre humanos ele queria,
Ciente que tinham sempre fome,
Fez-se alimento escondido: Eucaristia.

Frei Augusto - Nov/08

O simples Jesus de Nazaré, inserido na humanidade

Esta narrativa, envolvendo a questão da identidade de Jesus e a profissão de fé de Pedro, está associada à narrativa seguinte do primeiro anúncio da morte e ressurreição, conforme o querigma paulino.

Nos Evangelhos de Marcos e Lucas, a resposta de Pedro à pergunta de Jesus sobre sua identidade é breve: "Tu és o Cristo (messias)", e merece a repreensão de Jesus. Pedro e os demais discípulos acreditavam que Jesus seria o messias político esperado, que daria ao povo judeu a glória, como um novo Davi. Jesus rejeitava esta compreensão e procurava demovê-la da mente dos discípulos.

Mateus dá um novo sentido à resposta de Pedro. Acrescenta o título de "o Filho do Deus vivo". A expectativa messiânica gloriosa fica assim transferida da terra para o céu.

Sob esta nova perspectiva, que dá uma resposta à comunidade de Mateus, oriunda do Judaísmo, segue-se, agora, a fala de Jesus confirmando a profissão de seu messianismo celeste, ao declarar a fala de Pedro como revelação divina.

Com a visão teológica de Mateus ficam estabelecidas duas identidades para Jesus: uma é "o Filho do homem", o simples Jesus de Nazaré, inserido na humanidade, na sua humildade, porém dignificando-a e divinizando-a; a outra é o Cristo (cristo em grego, messias em hebraico), que é o Jesus ressuscitado, manifestado em poder e glória nos céus.

A exaltação da pessoa de Pedro sugere uma inserção redacional eclesiológica para confirmar a sua supremacia à frente da nova Igreja nascente.

Nos Atos dos Apóstolos (primeira leitura) evidencia-se o destaque que é dado a Pedro, dentre os discípulos que conviveram com Jesus.

Paulo, com seu trabalho missionário, registrado em suas cartas (segunda leitura) e em Atos, conquistou também um lugar de preeminência na Igreja, ao lado de Pedro.

Prof. Diácono Miguel A. Teodoro