Este é meu Filho, o Escolhido, escutem o que Ele diz!


O Evangelho do 2º Domingo da Quaresma/2010 nos mostra um modo de revelar quem é Jesus.


Ele nos faz perceber que Jesus é mais do que os sentidos humanos normalmente conseguem captar: Ele participa da Glória de Deus. A presença de Moisés e Elias também não é um acaso: eles estão ali para comunicar que Jesus se insere na continuação e na culminância da história da aliança feita com Israel.


As palavras que vêm do céu são semelhantes às que aparecem no Batismo de Jesus: Este é meu Filho, o Escolhido, escutem o que Ele diz. Elas nos remetem para o mistério de Deus, que vai além de nossa compreensão. É importante reverenciar o Mistério, mas seria uma pena se isso nos paralisasse e nos desligasse da tarefa de construir um mundo melhor, exigência do próprio Evangelho.


Pedro, Tiago e João têm uma reação até normal, compreensível. Querem ficar ali onde se manifestou algo maravilhoso, junto de Deus, na companhia de Jesus, Moisés e Elias, deixando os problemas concretos bem longe, lá embaixo, onde a vida normal continuava. Ainda hoje, é comum que muita gente faça da Igreja o que aqueles três queriam fazer no Monte Tabor: um lugar de refúgio, perto do sagrado poder de Deus e longe das ocorrências do cotidiano.


É claro que há momentos em que todo mundo precisa de uma “dose extra” de abrigo na Casa do Senhor. Igreja pode servir para isso também: é lugar de alimentação, de restauração de forças, de repouso para os aflitos... mas não é para ficarmos aí estacionados. Vida cotidiana e Igreja se interligam: levamos constantemente para uma o que vivemos na outra.

REFLETINDO A CFE 2010

Objetivos específicos:

- Sensibilizar a sociedade sobre a importância de valorizar todas as pessoas que a constituem.

- Buscar a superação do consumismo, que faz com que o “ter” seja mais importante do que aspessoas.

- Criar laços entre as pessoas de convivência mais próxima, em vista do conhecimento mútuo e da superação tanto do individualismo como das dificuldades pessoais.

- Mostrar a relação entre fé e vida, a partir da prática da justiça, como dimensão constitutiva do anúncio do Evangelho.

- Reconhecer as responsabilidades individuais diante dos problemas decorrentes da vida econômica, em vista da própria conversão.

Esses objetivos devem ser trabalhados em quatro níveis: social, eclesial, comunitário, pessoal.

Desejamos a preservação da grande casa comum, o Planeta Terra, planeta da vida e morada da família humana, em vista da sua sustentabilidade. Buscamos mudanças na economia, na administração dessa casa comum, em fraterna cooperação entre toda a sociedade: cristãos e cristãs, seguidores de diferentes religiões e pessoas de boa vontade.

(Extraído do Texto-Base da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010)
(fonte: http://www.homilia.com.br/)

"...Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar..."


Lc 5,1-11

O evangelho mostra que o chamado dos discípulos para a missão ocorre num contexto de pesca milagrosa, após a pregação de Jesus à multidão. Jesus toma a iniciativa de chamar colaboradores para serem “pescadores de homens” (v.10).

Ele entra no barco de Pedro, ou seja, na vida do povo, das comunidades para fortalecer a fé, posta à prova constantemente. A sua presença impele a avançar para as águas mais profundas e lançar as redes para a pesca (v.4).

Pedro, como bom pescador, sabia que o tempo mais apropriado para pescar era à noite.

Mas confiante na palavra de Jesus lança as redes para a pesca (v.5). A quantidade enorme de peixes é sinal da ação de Deus, que se manifesta através dos discípulos/as a serviço do Reino.

Diante do resultado da pesca, os discípulos reconhecem que Jesus é o Senhor, título que a Igreja primitiva dirigiu a Jesus ressuscitado. O desprendimento para servir na gratuidade é uma característica essencial de todo o discípulo no seguimento de Jesus (5,28; 12,33; 18,22).

A 1ª leitura apresenta a vocação profética de Isaías, que surge no século oitavo a.C. no contexto de uma liturgia do Templo de Jerusalém (“Santo, santo, santo”, v. 3 é aclamação litúrgica).

A purificação dos lábios (vv.6-7) simboliza a preparação para exercer o ministério profético. “Paulo, na 2ª leitura, apresenta a morte e a ressurreição de Jesus Cristo como fundamento da nossa fé.

“Cristo morreu pelos nossos pecados, foi sepultado e, ao terceiro dia, foi ressuscitado segundo as Escrituras” (15,3-4), é o anúncio fundamental nas primeiras comunidades cristãs.

Como os discípulos de Jesus, somos chamados a lançar as redes para as águas profundas, a fim de que a pesca do Reino seja abundante.

A confiança em Jesus e em sua palavra, deve ser sempre uma característica essencial de nossa missão apostólica. Que a palavra do Senhor nos liberte de nossos “barcos” e nos torne disponíveis para o serviço na gratuidade.

Na celebração dominical respondemos ao chamado do Senhor: “Aqui estamos Senhor”. Ele toca a nossa boca, os nossos lábios, todos os nossos sentidos.

Participamos ativamente do mistério do “Cristo que morreu por nossos pecados, que foi sepultado e que ao terceiro dia ressuscitou...”

Congregação Pias Discípulas do Divino Mestre (http://www.revistadeliturgia.com.br/)