"Francisco, homem todo evangélico"

SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA


Francisco, Homo totus Evangelicus

Francisco entrou na intimidade do Evangelho e percebeu-o puro e sem retoques. Por isso, a Igreja o chamará de Homo totus Evangelicus, quer dizer, que "se evangelizou" na totalidade do ser e na radicalidade das exigências. E mostrou, ao mesmo tempo, que o Evangelho, no seu todo, é algo possível de ser traduzido em vida.

O próprio Papa, Inocêndo III, observara que a norma de vida da primitiva comunidade era por demais árdua para compor um programa de vida, mas a tempo foi advertido que não poderia declará-la impossível, pois declararia impossível o Evangelho de Cristo.

Para Francisco a afirmação do Papa significava a impossibilidade de seguir os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo, pois vinham eles retraçados, concretamente, nas páginas do Evangelho.

Esta concreteza com que percebia o Evangelho fazia com que Francisco a ele recorresse com a simplicidade e a confiança de quem recorre a um "diretor espiritual".

Com naturalidade, colocava os livros dos Evangelhos à sua frente e os abria, a esmo, encontrando exatamente a Palavra que lhe servia de resposta. Não argumentava, não discutia, não duvidava. Deus acabara de lhe falar. E feliz partia para executar as ordens que acabara de ler.

Assim fala Celano, na vida I (n° 92-93): que abrindo o Evangelho, pôs-se de joelhos e pediu a Deus que lhe revelasse qual a sua vontade. "Levantando-se, fez o sinal da cruz, tomou o livro do altar e o abriu com reverência e temor.

A primeira coisa que deparou, ao abrir o livro, foi a paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, no ponto em que anunciava as tribulações por que haveria de passar. Mas, para que ninguém pudesse suspeitar de que isso tivesse acontecido por acaso, abriu o livro mais duas vezes e o resultado foi o mesmo. Compreendeu, então, aquele homem cheio do espírito de Deus, que deveria entrar no reino de Deus depois de passar por muitas tribulações, muitas angústias e muitas lutas..."

Texto de Frei Hugo Baggio (extraído do livro "São Francisco Vida e Ideal, da Editora Vozes)(fonte: http://www.franciscanos.org.br/)

VOCÊ TEM UMA MÃE NO CÉU - Lc 1, 39-56


A festa da Assunção de Maria, a Mãe de Jesus Cristo, dia 15 de agosto, não sendo mais feriado nacional aqui no Brasil, passou a ser comemorada no Domingo seguinte.
A Igreja celebra neste dia o Mistério Pascal vivido em Maria - nascimento, paixão, morte e ressurreição de Jesus.
Maria, a “cheia de graça” (v. 28), sem sombra alguma de pecado, pelo privilégio incomparável de ser a Mãe do Filho de Deus, o Salvador da Humanidade, a serva perfeita do Senhor, foi pelo Pai glorificada em corpo e alma na sua assunção ao céu.
“Alegra-te cheia de graça, o Senhor está contigo!” (v. 28), saúda o anjo Gabriel, enviado por Deus. “Encontraste graça diante de Deus” (v. 30), que significa: “tu que foste e permaneces repleta do favor divino”, preservada de qualquer mancha de pecado e isenta da maldição divina que diz: “tu és pó e em pó te tornarás” (Gn 3,19).
Maria é a mensageira da Salvação: “É a serva do Senhor” (v. 38). Ela vai, apressadamente, ao encontro de sua prima Isabel, grávida de seis meses, que, iluminada pelo Espírito Santo, desvela o segredo de Maria: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” (v. 42). Maria é abençoada com a plenitude de todas as bênçãos divinas porque dela nascerá o Salvador.
No cântico do Magnificat, Maria transmite suas mensagens aos homens: “Minha alma engrandece o Senhor e meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador. De agora em diante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-Poderoso fez grandes coisas em mim. Santo é seu Nome” (v. 46 e 49).
Maria, em cujo seio foi concebido o Filho de Deus, está no centro da História da Salvação. A Santíssima Virgem e seu Filho eram uma só vida, “tinham um só coração e uma só alma”. Maria foi a Mãe mais amante e a mais amada que existiu. Mãe única de Filho único. Eles têm um nome que está acima de todo nome em matéria de amor.
Maria, no Calvário, ao pé da cruz, participou intimamente da vitória de Cristo sobre o demônio e do triunfo sobre o pecado e a morte. E foi nesse derradeiro momento que Cristo, na pessoa de João, nos deu Maria por Mãe (Jo 19, 26-27). Assim, Maria, pela sua maternidade divina, está unida a Cristo, tanto na vitória sobre a morte, como pela sua ressurreição, antecipada, e assunção ao Céu.
* “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre, Jesus” (v. 28 e 42). Ajuda-me, Mãe, a ser dócil, humilde e obediente ao Senhor. AMÉM. ASSIM SEJA.
* * *
Para questionar:
Vejo em Maria uma Mãe que intercede por mim no Céu?
Procuro ter, como Maria, muito amor a Jesus?
Rezo o terço, contemplando a participação de Maria no plano da Salvação?
Glorifico a Deus por todas as graças que ele me concede?
Como Maria, vivo o amor fraterno? Ajudo meu irmão?
Creio que não basta ter uma piedade a Maria, mas devo ter uma piedade como Maria?
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Autoria: Frei Floriano Surian, ofm e Maria Arieta, ofs
Fonte: www.franciscanos.org.br

ORAÇÃO PELOS SACERDOTES

Senhor Jesus Cristo que, para testemunhar-nos o vosso amor infinito, instituístes o sacerdócio católico, a fim de permanecerdes entre nós, pelo ministério dos padres, enviai-nos santos sacerdotes.

Nós vos pedimos por aqueles que estão conosco, à frente da nossa comunidade, especialmente para o pároco da nossa paróquia.

Pedimos pelos missionários que andam pelo mundo, enfrentando cansaço, perigos e dificuldades, para anunciar a Palavra da Salvação.

Pedimos pelos que se dedicam ao serviço da caridade, cuidando das crianças, dos doentes, dos idosos e de todos os que sofrem e estão desamparados.

Pedimos por todos aqueles que estão a serviço do vosso Reino de justiça, de amor e de paz, seja ensinando, abençoando ou administrando os sacramentos da salvação.

Amparai e confortai, Senhor, aqueles que estão cansados e desanimados, que sofrem injustiças e perseguições pelo vosso nome ou que se sentem angustiados diante dos problemas.

Fazei que todos sintam a presença do vosso amor e a força da vossa Providência. Amém.

Obrigado, Frei André, Frei Félix e Frei Miro pelo vosso sacerdócio. Comunidade do Valongo.